Tuesday 27 April 2010

D de desconsolo

Desconsolada com o desconcerto de ideias pobrezinhas e miseravelmente articuladas que a linda letra d suscitou, resolvi apagar o post e passar por cima, deixando um espaço em branco a onde quero voltar.

Se ignorarmos a Guiana, “e” pode ser de emoções. A morte abala-nos as bases, deixa-nos as pernas a tremer, porque nos recorda que acontece a todos. Podemos perder as nossas pessoas e não há treino que nos prepare para tamanha injustiça. De nada serve saber que é inevitável. Não há tempo nem sinal que nos prepare. Não há consolo. É triste e como tal, sofre-se. Depois é preciso aceitar-se, libertarmo-nos do sentimento de injustiça, focarmo-nos na história que nos uniu e guardarmos imagens bonitas, que podemos e devemos partilhar: a sorte de termos sido parte da vida daquela pessoa.

Achava (ou ainda acho?) que o Mephaquin me anda a deixar zonza durante dois dias todas as semanas. A informação existente sobre a mefloquina é contraditória e depois de muita leitura, discussão e ponderação, resolvi continuar a fazer a profilaxia. Em resumo, os médicos locais aconselham a profilaxia (mefloquina ou doxiciclina, de acordo com cada caso) às pessoas que tenham passado a maior parte da vida em países livres de malária, porque acreditam que a doença nos atinge com gravidade preocupante. Quanto aos “nativos”, encaram a doença com a leveza de um resfriado. Nem sequer como uma gripe, apenas um resfriado.

Com o coração enregelado por ter perdido a chamado do meu querido António e com hits (ouve-se baby love, beach boys; I’m a believer, the monkees; heart of glass, blondie... entre outros!) nos ouvidos, aviso que voltarei com o “e” de Ecoturismo e electricidade!
Beijos e abraços

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