Tuesday 3 April 2012

Pokhara, Nepal

(juro que traduzi isto tudo... mas ao gravar algo de errado se passou... volto daqui a dias, vale?)
 
the Pokharan sky is tumbling down right now. true tropical downpour.

the last time I felt this earthly smell I was living in the Amazonian jungle. My feet would always be red as it rained every day and the ground was red like fire. that’s where the painted toe nails came from, so despite being muddy most of the time, my feet would always have gloriously colourful toe nails. I still haven’t abandoned the habit of painting my toenails.

the white dust is now being washed off the surfaces, highlighting the vibrant colours that cote each and every object in this country. not that I know the entire country. i spent some days in Kathmandu, having borrowed a rikshaw and taken the “driver” for a ride between Thamel and Kathmandu Durbar Square. At first he was scared, hopping off the rikshaw every time I rode close to a bicycle, motorbike, cow, passer-by, van or taxi. As you can imagine, the road was hectic and very busy, with moving people and objects in every possible direction, so the man eventually calmed down and I think he actually enjoyed the ride.

Anyhow, Nepal is not Kathmandu, so I moved east on a local tourist bus. Headed to beautiful Pokhara and went on a 3 day road trip with Johnny, a real star-boi. If I was a sensible person, I would not have gone, as both him and his best friend told me it was a trip they loved doing, but it was seriously hard core, due to the roads/trails. but sensible is not who I am, rather sensitive to great opportunities and therefore I had to seize the moment and hop onto the bike!

It was my first trip on a bike and wow, how impressive! The sceneries were fascinating at every turn. The time coincided with a big Hindu festival in Muktinath, so the road was quite busy with buses, jeeps and motorbikes, not to mention the poor trekkers. Two days later, I still have a bit of a cough, from all the dust; I cannot imagine what it feels like to be walking up a steep hill while you eat dust… I was literally chewing dust even though I had a scarf tightly wrapped around my head and a helmet too.

but then the view is so awe inspiring, one can only smile at it and be amazed at the power of nature.

at the end of the first night we stopped in Lete and bathed in the hot springs. not as picturesque as I would have imagined it, as the natural springs have now been surrounded by grey cement and stone, but really felt great on the tired body. I also loved the fact that most of the people using the baths were local. They are holy springs, by the way.

And with holy thoughts I leave you, in search of some veggie momos for lunch!
Here's a random bunch of photos. More when I get home.
One love
 
miminhos

aqui em baixo está fresquinho, didi (irmã)

há pontes suspensas por todo o lado

pescaria sob a ponte

World Peace Pagoda - Stupa

neve à frente... brr!

a senhora vermelha que nos levou

aldeia ao acaso

a dupla poeirenta e feliz, já de regresso a casa

Sunday 1 April 2012

um dia vou...

A pedido de vários elementos da família, decidi continuar a blogar. A princípio pensei em criar um blog novo, mas decidi aproveitar este, que manterá a morada de sempre "Raquel na Guiana", até porque foi aí que tudo começou. O início de uma vida completamente diferente. O princípio do sonho tornado realidade: sair da minha zona de conforto, arriscar e conhecer novas formas de viver. Deixar de dizer "um dia vou..." e ir mesmo.
Até já, beijos do Nepal (a internet é mesmo intermitente, por isso não consigo postar fotos nem sei se isto vai entrar...)

Tuesday 13 September 2011

aiiiii

Just South East of Ciudad Bolivar, the beautiful Embalse de Guri.

M is for Maps

The Venezuelan map is quite interesting. In this version they have at least highlighted the "Zona de Reclamacion" with stripes.
So, according to Venezuela, Guyana consists of Georgetown and Berbice. Good enough, no?
I mean, who cares about region 1, 2, 3, 7, 8, 9 and 10?!
Guyana would just have to give up the gold mining, the bauxite mining, Shell Beach, Rupununi. And we'd still keep Orealla, 63 Beach and GT!

Monday 15 August 2011

K de Kaieteur

 
Um fim-de-semana mágico começou com um dia de trabalho no Departamento de Educação. Escrevi e imprimi, preparando-me para o ano lectivo que começa em Setembro e aturei a minha chefe, que teve mais uma crise digna de ser filmada (noutro episódio) e uma rapariga mudou-se para a minha casa.
Quatro amigos meus, voluntários da VSO, encontraram-se comigo aqui em Mahdia, onde tínhamos uma carrinha 4x4 pronta para nos levar até Pamela Landing, onde apanhámos um barco que nos levou à ilha de Amatok. O nome vem da língua Patamona “Ama Tuok” e significa quedas de água do amor. A história que dá origem ao nome virá noutro episódio.


A ilha Amatok
Os garimpeiros estiveram pela loja local a beber até cerca das 10 horas. Nessa altura, houve um tipo que montou esta máquina e se pôs a caminho de casa... meio de transporte como outro qualquer, não?

Quando chegámos à  ilha já a noite estava a cair, por isso pendurámos os hammoques e depois seguimos até às quedas de água, onde eu e a Selina molhámos os pés e tentámos comunicar com os outros elementos do grupo através de sinais de luz. Sem sucesso. Não importa os avisos que façam, molhar as pernas é o mínimo que consigo fazer.
Manhã cedo, à saída de Amatok
Na manhã seguinte, bem cedo, saltamos para dentro de outro barco, no topo da ilha e lá seguimos pelo belíssimo e poderoso rio Potaro acima durante cerca de uma hora. 

Chegados a Waratok, ajudámos a transportar o barco, porque a água estava baixa e portanto não podíamos passar por via aquática. Cerca de meia hora depois, parámos em Tukeit, com vista para as Old Man Beard Falls (Queda de água do homem velho de barba... não é um nome muito romântico!).
Waratok, ajudando a levar o barco

Foi aí mesmo, em Tukeit, que se acabou a boa vida dos passeios de barco com brisa fresca e sol na cabeça, para começar uma caminhada de cerca de 4 horas, com passagem por dois pontos particularmente inclinados “Oh My God I” e “Oh My God II”. (Verdade seja dita, é uma caminhada fácil. Já o mesmo não posso dizer viagem a Kaieteur que demora 8 dias... e para quê sofrer, se posso navegar pelo belíssimo Potaro acima?)
Magnífico Potaro

Maravilhoso Potaro
O pessoal com quem caminhei ao baixo no domingo

A caminhada é relativamente fácil e tem paragens estratégicas. A minha favorita é sem dúvida nas quedas de água da avó. Tem este nome porque, tal como uma avó arranja sempre maneira de acudir os netos, esta queda de água tem sempre água para matar a sede de quem passa, mesmo na época seca.

Grand Mother Falls
Cerca de 4 horas depois de começar a caminhar e muito suor depois, vislumbra-se a magnífica queda de água. Está sempre envolvida em nevoeiro, umas vezes mais, outras menos. Quando a vimos pela primeira vez, ficamos um pouco desiludidos, porque o nevoeiro quase a escondia... Mas à medida que nos fomos aproximando, o nevoeiro foi-se dispersando e a vista é mesmo incrível.
As grandiosas Kaieteur, escondidas pelo nevoeiro que se movia rapidamente.

Vale para onde as Kaieteur se lançam
Em mais nenhum lugar no mundo se pode caminhar até ao último centímetro de rocha acima das quedas de água. Aliás, até me sentei de pés a abanar abaixo da rocha, e ninguém me disse nada. Não há qualquer protecção, qualquer barreira, qualquer separação artificial entre o visitante e as Kaieteur. É uma sensação belíssima, de encontro com a mãe natureza, sem dúvida!

Kaieteur à patrão
Quando chegámos à Guesthouse, o nosso guia disse-nos que o duche estava avariado, o que me deu a desculpa perfeita para ir ao topo das Kaieteur tomar banho. E banho que é banho... é sem roupa, claro. Uma sensação indescritível, tomar banho imediatamente acima de uma força tão imensa.

(Não há fotos, pelo menos que eu saiba lol)

Venham descobrir esta Guiana, a Guiana que ainda não tem uma estrada a ligar a capital ao sul, a Guiana sem rede, sem limites, sem stress, porque sei que vai nascer outra Guiana assim que o alcatrão foi espalhado.

Monday 8 August 2011

T de Tukait

Sabes aqueles dias que transpiram perfeição? Aqueles dias tão bonitos que apetece guardar alguns dos momentos e imagens numa caixa em lugar seguro e de fácil acesso, para que possas saltar lá para dentro e reviver o sonho sempre que estejas em baixo ou menos inspirado.

Bom, não tenho fotografias para registar o dia, porque afoguei a máquina fotográfica e passei o telefone a algum anónimo sem querer. Outra vez. Portanto não quis passar um dia inteiro no rio com o novo telefone... deixá-lo viver mais algum tempo, sim?

O dia começou cedo, pelas 5h30. Fomos num Land Cruiser e numa moto4 até Pamela Landing, a 9 milhas (12 km?) de Mahdia. Dali saltamos para dentro de um barco com motor de 15 cavalos (será essa a medida certa? cof cof), para o qual olhei de lado por ser tão fracote até tentar levantá-lo quando tivemos de levar o barco num troço de dez minutos.

Durante a viagem de barco, passámos por várias dragas terrestres e aquáticas. Estas são impressionantes edifícios flutuantes, constituídos por componentes garimpeiros no rés-do-chão e uma casa no andar de cima. Têm normalmente TV por satélite e internet. Aos meus olhos trata-se sempre de um cenário triste, porque o impacto é inevitavelmente enorme.

À medida que nos fomos aproximando de Amatok, o número de dragas foi reduzindo e de repente a água cor de café com leite passou a óleo-negro-e-espesso. É mesmo isso que parece, óleo, por ser tão escura. A cor é devida aos taninos, tal como no caso do chá. E é isso mesmo que esta água parece: chá.

À chegada a Amatok, más notícias: a água estava muito baixa (inglês?!), por isso tivemos de carregar o barco por 10 minutos que me souberam a uma eternidade. Eu estava mesmo orgulhosa de mim própria na altura, por ser a única moça a ajudar, mas agora, um dia mais tarde, estou cheia de dores musculares...ai Maria Rapaz!

Sentindo-nos cansados mas gloriosos, com o barco no devido lugar, ie, dentro de água, seguimos Rio Potaro acima e parámos novamente nas quedas de água Tukait. É uma série de rápidos e como o nível de água estava baixo, deixámo-nos ser arrastados pela corrente e deixámo-nos ser salpicados deliciosamente.

Imediatamente abaixo das quedas de água há uma idílica praia de areia branca em que te podes esconder do sol à sombra das árvores da selva.

Atravessei o Potaro com as piranhas no pensamento e consequentemente sempre alerta para estranhas sensações na pele. Sucesso, atravessei sem perder nenhum dedo dos pés. A melhor piscina é o rio, sem qualquer dúvida, o mar que me perdoe.

Portanto, depois de um dia fantástico com algumas das pessoas das quais mais saudades vou sentir quando o meu tempo aqui terminar, demos meia volta e fomos abençoados por quatro arco-íris. À nossa frente estavam dois, estendo-se entre as duas margens do rio e na água via-se um reflexo perfeito, formando um círculo cheio de cores. Uma imagem mágica.



Tuesday 2 August 2011

A de amor - parte ii

A vida tem andado longe do computador e cheia. Bonita.

Esta manhã foi deliciosa, com um par de conversas no Skype que me encheram o coração. Falar com o meumano lindo, de filha maravilhosa ao colo, cheia de energia e sorrisos, tocando piano na mesa, fez-me ver, mais uma vez, a velocidade a que a vida corre.
Falar com a minha mãe e senti-la cheia de entusiasmo foi uma lufada de ar fresco.

A flor abaixo é naturalmente dedicada aos maiores amantes de plantas da minha vida, o meu mano e mãe :)
Foi tirada em Shell Beach, onde vi tartarugas gigantes - Leatherback Turtles. Por preguiça, ainda não escrevi sobre esse maravilhoso lugar, mas há quem o tenha feito lindamente. Sigam o link.





A expressão que me parece mais adequada, que dedico a todos vós, é:

Vive bem, ama muito e ri frequentemente